Em depoimento à delegada Vânia Matos, a estudante contou que a tortura começou após ser abordada por um homem com uma arma, que pediu dinheiro e o celular. Como não tinha o aparelho e levava apenas 2 reais, o bandido começou a ficar nervoso. Tentando controlar a situação, ela sugeriu levá-lo até uma trilha pela qual ele pudesse fugir. Dois colegas ainda passaram pela moça, mas ela deu a entender que estava tudo bem. Porém, quando estavam no meio do matagal, o homem exigiu que ela tirasse a calcinha e fizesse sexo oral nele, como relatou a Folha Online.
A UFBA gasta cerca de 20% de seu orçamento, segundo o “Correio da Bahia”, com vigilantes, responsáveis por zelar pelo patrimônio mas não pelas pessoas que circulam lá dentro. Já foi sugerida a permanência de PMs dentro da universidade, o que não agradou aos estudantes e professores, como relata a Tribuna da Bahia. Para a comunidade acadêmica, a universidade deveria ter uma guarda própria, idéia desprezada pela reitoria até o momento. Enquanto isso, só neste ano, 74 ocorrências policiais já foram registradas.
Existem diversos graus de violência sexual, sendo que o mais grave deles é o estupro (quando há penetração sem o consentimento do parceiro). Outras formas de abuso sexual são denominadas de atentados violentos ao pudor. Todos eles são considerados crimes hediondos, que segundo o art. 224 do Código Penal, caracterizam-se por crimes cometidos mediante violência real.
Outros Casos
Não é a primeira vez que uma estudante é violentada dentro do campus de uma universidade. Porém, casos como esse, costumam ser abafados e não chegam ao conhecimento da sociedade, a não ser por boatos. Um caso que conseguiu ter grande repercussão na mídia foi o da série de ataques à mulheres no campus da Universidade de São Paulo (USP) em 2002. Outros dois casos foram há dois anos atrás, um na própria USP e outra na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, segundo dados da Folha Online.