quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Jovens abusam da pílula do dia seguinte

O jeitinho brasileiro: deixar tudo para última hora. É com esse pensamento que os jovens se previnem contra a gravidez precoce. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, as garotas estão abusando da pílula do dia seguinte, utilizando o medicamento como primeira opção de método contra a gravidez. Essa pesquisa mostra um despreparo na educação sexual dos jovens brasileiros, que não têm idéia dos danos que pode causar o uso contínuo da pílula no organismo.
A ginecologista e obstetra Suzana Dytz Fagundes relata ao Ministério da Saúde que a pílula causa efeitos colaterais leves como dores de cabeça, mal-estar e náusea, Além disso, perder o efeito devido ao uso exagerado. A médica destacou que a prevenção ainda é o melhor método e que a pílula deve ser tomada apenas em caso de estupro ou quando a camisinha estourar: "Tenho uma paciente que ficou grávida mesmo tomando a pílula", revela.
Para sabermos as causas desse comportamento dos jovens, não basta alegarmos que a educação no país é precária ou que a estrutura familiar está se desmantelando, pois estaríamos no senso comum. É preciso ir mais fundo na questão. A tradição do nosso povo de dar sempre um “jeitinho brasileiro” para resolver os problemas, sempre às pressas quando o mal já está feito, em vez de se prevenir para que ele não aconteça, sempre prevaleceu. Para tornarmos nossos jovens mais responsáveis, precisamos não apenas de aulas de educação sexual, mas de uma mudança nos costumes e na nossa cultura.
Mas, sabemos que para acontecer essa mudança não será fácil.. A despreocupação é uma característica intrínseca da população brasileira. É preciso conscientizá-la, fazê-la entender que ter uma maior responsabilidade sobre seus atos e sua saúde não é coisa de gente “careta’, mas sim, de gente inteligente.

O país começa a produzir o antiretroviral Efavirenz que compõe o coquetel anti-Aids

Brasil declara o fim da dependência estrangeira e o começo da produção nacional do antiretroviral Efavirenz, um dos remédios que compõem o coquetel para tratamento de portadores do HIV. Os EUA detinham a patente do medicamento, impedindo que outros laboratórios o produzisse sem o pagamento do royalties, taxa cobrada pelo direito que o titular tem sobre a fórmula.
Porém, o governo brasileiro quebrou essa patente, permitindo que o laboratório brasileiro de Farmanguinhos (Fiocruz) o desenvolvesse. Porém, para ser produzido, o Ministério da Saúde precisou registrá-lo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e agora, de acordo com ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o medicamento já esta sendo produzido.
Esse é um grande passo para a indústria farmacêutica do nosso país, que já tinha uma grande vitória na área da saúde: o coquetel para o controle da Aids é fornecido gratuitamente pelo Programa DST/AIDS do Ministério da Saúde, auxiliando 185 mil pacientes. Temporão ainda afimou: “Esse é um grande feito da saúde pública brasileira. Coloca o Brasil num outro patamar na produção de fármacos. É uma grande conquista.” Estima-se que a produção nacional do Efavirenz beneficiará cerca de 80 mil brasileiros.